Livre como o Vento
Se as pessoas pudessem ver o que se passa dentro de mim toda vez que escrevo
Se pudessem sentir como as palavras tomam formas, eu sinto o abraço do vento
O cheiro e o barulho do mar, danço com a brisa leve das palavras que me envolvem
Me perco em um turbilhão, vendaval de palavras jogadas a luz do luar.
Se eu pudesse ser o vento, estaria em todo lugar, vagando livre
Tocaria tudo, conheceria tudo, sem rumo, sem algemas, sem me responsabilizar
Seria vento calmo, brisa gélida, sopro quente de um sussurro com palavras adocicadas
Vento silencioso, ou furacão revolto, o que eu quisesse, o que desse vontade
Só em sentir liberdade, paz por dentro e luz por fora
Correndo livre pelas alturas, brincando com as folhas e aninhando pássaros em um voo seguro
Rumo ao Norte, ou a qualquer direção existente ou não
Livre, sem rumo, sem os pés no chão...