Livre como o Vento

Se as pessoas pudessem ver o que se passa dentro de mim toda vez que escrevo

Se pudessem sentir como as palavras tomam formas, eu sinto o abraço do vento

O cheiro e o barulho do mar, danço com a brisa leve das palavras que me envolvem

Me perco em um turbilhão, vendaval de palavras jogadas a luz do luar.

Se eu pudesse ser o vento, estaria em todo lugar, vagando livre

Tocaria tudo, conheceria tudo, sem rumo, sem algemas, sem me responsabilizar

Seria vento calmo, brisa gélida, sopro quente de um sussurro com palavras adocicadas

Vento silencioso, ou furacão revolto, o que eu quisesse, o que desse vontade

Só em sentir liberdade, paz por dentro e luz por fora

Correndo livre pelas alturas, brincando com as folhas e aninhando pássaros em um voo seguro

Rumo ao Norte, ou a qualquer direção existente ou não

Livre, sem rumo, sem os pés no chão...

Alessandra Ramírez
Enviado por Alessandra Ramírez em 22/03/2013
Código do texto: T4201429
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