Noite
À tardinha vem com àquela brisa fresca, anunciando claramente o por do sol cor de fogo.
Longícuo, lindo e reluzente...
Acompanhado de inúmeras nuvens cor de flamingo para nos alegrar ainda mais.
Os pássaros se recolheram em seus ninhos, já não cantam por hoje, mas a noite chega. Já os zumbidos amedrontam e quebram o silencio da noite com uma orquestra de sapos e coaxos. Com aviso dos grilos e centenas de vaga-lumes isolados iluminando o caminho. Caminho este que, se não fosse pelo clarão da lua cheia de veraneio como seria a escuridão para os pobres e cansados trabalhadores que bem veloz nas passadas à vontade de chegar aumentava automaticamente na medida e nas batidas do coração ansioso para curtir a tão esperada noite no lugar certo, em casa...
O piado da coruja solitária no galho seco é como um quadro vivo, uma imagem torpe de ser admirada, mas quem é tolo de não apreciar a beleza dos bichos da noite.
Cada um segue o seu rumo e contribui com devoção as leis da natureza.
Alguns deles acompanhados do dia, sol. Outros da noite fria, lua.
Se olhar para o céu escuro é notório a presença de uma estrela, faça um pedido. Não especificamente a ela e sim ao criador dela que por sinal é o mesmo de todos os outros seres que até então desprezíveis.
Até mesmo de uma pedra gelada, imóvel, mas dona da parte que lhe toca cada um ocupando a sua vez.
Não existe diferença ou repugnância aos olhos do criador.
Tudo e todos têm seu detalhe, seu toque, sua função e seu valor.