OÁSIS

Venho aqui, desarmada, mãos abertas

Sem palavra, sem alarde, sem espera

Inquieta, conformada, só alerta

No deserto de seus olhos na esfera.

Devastada não revelo meu desejo

Vejo o vento, vejo o tempo lapidando

Nossa vida, nosso rumo, o desfecho

Venho aqui mas sigo caminhando.

Meus passos afundam pelo chão,

Sinto quente a boca ressecada

Busco ávida a água no grotão

Pra refrescar a face já cansada.

Esse deserto me deixa alucinada

Meu Oásis eu preciso encontrar

Antes que acabe minha caminhada

É você quem eu quero abraçar!