MEUS CASTELOS
Hora de construir meus próprios castelos
de edificar os jardins com os quais sonhei
fazer minha jornada se tornar, enfim, linda
e desmoronar os muros da intolerância
Voar, ainda que apenas em simples sonhos,
fugir do desprezo e erguer a cabeça firme
ser feliz sem me importar com a inveja
espalhar a ternura onde reina a melancolia
Procurarei não ser impensado, refletirei,
pois cultivarei fragmentos de paz nos corações
regarei os sorrisos que brotam nas faces
e semearei amor por onde estiver pisando
Ninguém ouse impedir-me de plantar jardins
morrerei tentando tornar o mundo melhor
meus contos de fadas não são inocentes
sou homem moldado no fio da realidade
Mas ainda assim desenharei muitos castelos
conversarei animadamente com as estrelas
e permanecerei atento ao som dos anjos
o concreto e o abstrato são meros irmãos