O CÉU DOS ARTISTAS
Os beijos nas ruas eram dados
sem distinção,
e todos se abraçavam
radiantes, mas felizes,
como se fosse uma
despedida ou um reencontro,
algo terminando
ou amores se reconciliando.
Tudo se caminhava
para um encantador entardecer
de céu multicolorido,
festivo e fascinante.
Aquele elefante cor de rosa
que voava sorrindo
sobre os exuberantes céus
adormecidos de Paris
era tão-somente
uma inesperada fantasia coletiva
dos inúmeros artistas das cores
olhando o luar,
esses homens e mulheres
que fazem e refazem
da existência humana
uma fonte de beleza.