Poema para o meu descanso

Quando eu me for

Haverá

Na boca de meu cadáver

Um riso escarnecedor

Quase imperceptível

Invisível à tua dor

E eis que exclamarão: pobre alma!

E haverá dilúvio

Preces e lembranças

Do que nunca fui

Os cemitérios não são para os mortos

Tal como as selas

Não são para os cavalos

As selas

São para os cavaleiros

Toda sepultura é um erro

(Wilker Duarte) 26/11/12 11h49min