Ó Amazônidas
Gurupá, setembro de 2006.
Que a História julgue
O que fazes
Que a água leve
O seu nome à foz
Que o tempo mude
Que se espalhe
Um pensar herói pra nós
De sonhos
De carne
De alma
De sede
De ossos
De capa
Normal.
Risonhos
Empate
Na palma
A prece
Pais-nossos
O carma
Natal.
Trovões ameaçam
Que assustam
Pois não lhes interessa
Dar lugar à luz
Nuvens que embaçam
Que ofuscam
Querem te pregar na cruz
E sombras
Espreitam
Gatilhos
Apertam
E entes
Afeta
Chorar.
E tombas
E deitas
Os filhos
Ajeitam
E sentes
Inseto
Pousar.
É uma borboleta
Que decola
Vai querer rever
O guerreiro da paz
Pára e se alerta
Numa escola
Vê o que meninada faz
E brincam
Risadas
E jogam
Escutam
Atentas
A sua
História.
E ficam
Sentadas
E sonham
Com lutas
Nas lendas
Flutua
A glória.