Pinceladas do artista
Pinceladas do artista, nas manchas da conquista,
Nos traços que rabisca, sem se perder de vista,
Enxerga a bela paisagem que na tela a imagem fixa,
Banhando os olhos com a leve brisa.
Enxerga o campo de trigo amarelado,
Os camponeses que se achegam,
Com carroças ainda vazias
Para mais um dias de trabalho.
Crianças também se achegam
Para aprender a profissão
Com que sonham para o futuro
Garantirem o seu pão.
Sobre os chapéus daqueles homens
O sol se põe a cima, sem hesitar pela manhã,
Já os avisa que no decorrer do dia
Se encontrarão com a fadiga.
Com suas inchadas, foices, chapéus e lenços
Não se deixando intimidar pela ameaça
Começam a labuta, com determinação,
Com cantigas acanhadas mas cheias de graça.
Em meio ao campos que se deita
Ao corte das ferramentas, e a colheita,
Não se intimidam pelo calor
Do sol que está a espreita.
Sem se preocupar com a vida
Brincam também inocentes crianças
Esconde-esconde, gira-gira
A diversão é que importa para futuras lembranças.
Chegada a hora do almoço,
Descem dos montes as senhoras,
Trazendo a marmita enrolada ao pano de prato,
A refeição esperada por várias horas.
O dia vai passando, o sol vai se despedindo,
Do suor que escorre pelo rosto,
Do trabalhador cansado,
Que logo deixará seu posto.
As carroças seguem cheias
Da colheita daquele dia
As crianças sobre o trigo nelas se deitam
Onde seus pais, as carroças guiam.
O artista recolhe seus pincéis,
E o quadro que pintava
Levando consigo a recordação
Da cativante vista que fitava.