Delírios De Natal Numa Noite Em Preto E Branco Na Nova Zelândia
Às vezes me perguntam se sou louco.
Às vezes me pego hesitando por pouco.
Pois o que faz o Sábio são?
Se não ser de louco de toda loucura,
Ser louco de coração.
Às vezes me pergunta sobre o sentido.
Às vezes as perguntas me deixam perdido.
Pois estou preso nessa loucura,
De achar que ser são é uma cura.
Mas até quando tudo faz sentido,
Até quando nada faz,
Até quando minhas rimas parecem brancas,
Basta olhar um pouco mais.
Pois a beleza do espelho é ver os dois lados,
E perceber que eles são os mesmos.
A beleza dos olhos é vê-los desamparados,
E a beleza da realidade consiste apenas em crermos.
Então digo que sou louco,
Pois de loucura todos temos um pouco.
Até mesmo quando sinto o perfume de seus cabelos,
Tocáveis, mesmo sem poder vê-los.
Então digo que tudo faz sentido,
Assim como o Amor se justifica com o Cupido.
Pois até mesmo quando me perco em pensar,
Sei que vou parar no mesmo lugar.
No mesmo lugar.
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(dedicado a braços, cheiros e toques de um Anjo)