a graça do poeta

a paz que pediu o poeta

jamais é a que ele tem

pois sendo sua mente inquieta

há coisas que não lhe convém

talvez preferisse não ter

assuntos de que nos falar

garrafas que fosse vender

ou livros pra ignorar

mas sempre há o que lhe provoca

e ele não pode fugir

do estranho que vem e o abraça

e aí é que ele se toca

que se for preciso fingir

que o faça, mas cheio de graça

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 01/11/2012
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