a graça do poeta
a paz que pediu o poeta
jamais é a que ele tem
pois sendo sua mente inquieta
há coisas que não lhe convém
talvez preferisse não ter
assuntos de que nos falar
garrafas que fosse vender
ou livros pra ignorar
mas sempre há o que lhe provoca
e ele não pode fugir
do estranho que vem e o abraça
e aí é que ele se toca
que se for preciso fingir
que o faça, mas cheio de graça