GRITOS...

Desses gritos marginais, por vezes me incluo...
Ouço falar em direitos iguais...
Contudo, são bem mais os ninguéns da vida... Com suas balbúrdias inexprimíveis...
Os gritos de súplicas dos miseráveis...
Os gritos de liberdade dos oprimidos,
Os gritos de paz dos corações angustiados...
Mas, como se num silêncio absoluto da nação ...
Tudo se mistura entre passos apressados,
Olhares desconfiados,
Sorrisos amargos,
Desejos ocultos,
Corações partidos,
Amor sem poesia.
Tudo se vai,
Vão-se as vozes,
As faces,
Os tambores,
As melodias
E toda a euforia, todavia eu te digo: “ MAS SE TU CALARES, SEREI UM LIVRO SEM PÁGINAS, SEREI A CARTA NÃO LIDA, A FLOR NÃO BEIJADA A VIDA NÃO VIVIDA E UM ALGUÉM SEM PALAVRAS”.