Sem as asas do infinito
Inglória e vaga atitude,
O ideal haverá sempre de ser maior.
Seríamos incapacitados na origem?
Desejar voar e nunca ter asas.
Talvez tenhamos apenas o olhar,
E a distância do céu da imaginação.
E qual é a verdadeira graça da realidade?
Não teria o delírio do sonho força maior?
Como não ter desprezo de si
Se o distante parece ser mera miragem?
E ainda assim sustenta a estranha vontade
O querer chegar neste não sei onde.
E chegar para que
Se o lúdico parece estar apenas no caminho?
Entre pedras duras e delicadas flores,
Num quadro bruto pintado com sensíveis tons.
Alma prisioneira, alma fugitiva....
Sempre esta alma a perturbar.
Tantos são os horizontes,
Imenso é o infinito,
E toda tolice será sempre insuficiente,
E ainda assim necessária
Para ter algo de ingênuo e puro.
E isto talvez seja o grande delírio,
Imaginar o bem infinito,
Pois houvesse ele não havia o mal.
Afinal de contas:
O que é bem? O que é o mal?
Por toda nossa moral esclerosada,
Por toda nossa desgastada ética.
Afinal de contas:
Qual é a promessa que não se cumpre?
E cumprida. Como viver sem promessas?
Iludidos pelo fato de existirmos.
Existirmos na constatação biológica de ser.
Na prova dos sentidos,
Justamente estes que hão de morrer com o corpo.
Então, como criticar os enganos?
Somos ignorantes em toda nossa sabedoria,
E só resta por dizer:
Que de tudo que pensamos saber,
Apenas estamos a brincar
Em nosso frágil castelo de cartas.
Inglória e vaga atitude,
O ideal haverá sempre de ser maior.
Seríamos incapacitados na origem?
Desejar voar e nunca ter asas.
Talvez tenhamos apenas o olhar,
E a distância do céu da imaginação.
E qual é a verdadeira graça da realidade?
Não teria o delírio do sonho força maior?
Como não ter desprezo de si
Se o distante parece ser mera miragem?
E ainda assim sustenta a estranha vontade
O querer chegar neste não sei onde.
E chegar para que
Se o lúdico parece estar apenas no caminho?
Entre pedras duras e delicadas flores,
Num quadro bruto pintado com sensíveis tons.
Alma prisioneira, alma fugitiva....
Sempre esta alma a perturbar.
Tantos são os horizontes,
Imenso é o infinito,
E toda tolice será sempre insuficiente,
E ainda assim necessária
Para ter algo de ingênuo e puro.
E isto talvez seja o grande delírio,
Imaginar o bem infinito,
Pois houvesse ele não havia o mal.
Afinal de contas:
O que é bem? O que é o mal?
Por toda nossa moral esclerosada,
Por toda nossa desgastada ética.
Afinal de contas:
Qual é a promessa que não se cumpre?
E cumprida. Como viver sem promessas?
Iludidos pelo fato de existirmos.
Existirmos na constatação biológica de ser.
Na prova dos sentidos,
Justamente estes que hão de morrer com o corpo.
Então, como criticar os enganos?
Somos ignorantes em toda nossa sabedoria,
E só resta por dizer:
Que de tudo que pensamos saber,
Apenas estamos a brincar
Em nosso frágil castelo de cartas.