PARCIMONIOSA!

Calma, quero calma
na paz de cada sorriso,
e quê, de meus lábios
façam-se precisos...

Paciência, quero
pra suportar as pressões
da consciência...
Tudo isso é somente o que espero!

Doçura, quero-a pra mim
e em toda criatura...
Pois, há de se superar os assédios
de toda espécie de loucura!

Não pretendo viver em desatino
para nunca me queixar do meu destino,
ou arrepender-me do que já fiz
nas viagens ao léu sob o comando do meu nariz...

Afinal, nunca pretendi ser santo,
mas, como pecador inato,
nunca provoquei qualquer espanto,
sendo assim, busco ser todo encanto...

Num jeito próprio de ser tão parco...
Afinal, se minha mente é um turbilhão
o meu corpo é meu próprio barco,
sem pressa pra alma e pro coração...

Vamos viver a vida com requintes
aos nossos desejos, quando pintem,
que ela, a vida, é uma cachaça deliciosa,
mas, devemos sorvê-la paciente e parcimoniosa!
Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 11/08/2012
Reeditado em 17/08/2012
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