SAUDADES DO RECANTO
Solidão
de palavras...
abandonado,
sem poesia,
sem prosa,sem
língua inteligível...
sem códigos,
sem sinais...
Solitário em
ilha deserta...
falando de mim,
para mim mesmo...
Questões respondidas
antes de questionadas...
respostas sem
perguntas...
Experimento
falar às pedras...
nem gemido ouço!
aos siris...nenhuma
sintonia...
As ondas...sim falam,
mas o canto já
sei de cor...!
O vento sopra
sem novidades,
a noite chega
sem barulho....
e o dia vem
sem estardalhaços...
Só, sem palavras,
sem gestos...
fome de espera,
fome de dizer,
e ouvir....
Assim me sinto
nestes dias
fora do meu
recanto...
Em chão cheio
de estrelas,
mas escasso
de LETRAS...