EM CIMA DO MURO
Não posso ficar.
É hora de descer,
Optar...
Escolher o que fazer...
Não fui chamado.
Para que lado eu devo pender?
Escolha!
Você não tem opção.
Se ficar aí posso derrubá-lo no chão.
O que eu devo fazer?
Não gosto de em vida alheia me meter,
Mas vou observar
Saber o que se passa por lá.
Vou formar a minha opinião
E se precisarem de mim
Estarei de prontidão.
Não para ser o juiz...
Não me presto a este papel
Não quero levar ferroada,
Mas ajudo a fazer o mel
Vou de mansinho de flor em flor
Pegar o néctar ao falar de amor
Tenha certeza vou insistir
E um dia esse muro há de cair
Então teremos um só jardim
E a felicidade reinará em fim.