Minha mãe..até logo.
Como a corça acuada...era assim minha amada, em seu leito de dor.
Como leoa fugia...e à morte assim resistia...quem ama tanto viver.
Assim minha mãe senhor, em seu leito de fim e de dor...
clamou ao céu...por favor !
Como tantas vezes fazia, quando minha testa benzia, quando clamava a Jesus; Quando orava a seus filhos, olhar ao céu em devoção...ao apertar minha mão...sentia a sua ternura.
Sentia a sua vontade, que os onze...a prole amada...segurança poder pedir.
Mas agora, sua dor é a vida...por perceber a partida...no tempo que vai levar; Até que cheguemos ao dia...e se merecermos sua compania, se o caráter assim permitir.
Como quem grita Jesus...ela clamava a luz...meus filhos comigo virão ?
Qual será o destino, quem vive ainda menino...quem a ti não quer receber ?
Vicentina Maria amava, Vicentina não se entregava, a serva resistia ao senhor.
Na ânsia...na luta com a morte, seu olhar que ainda era forte... gritava: Eu vou sempre viver. Como se eu não soubesse, da força de sua rendição, de Cristo que nos dá o perdão, do portão que ele te abriu.
Descansa na glória querida, coroa que te é merecida...ganhaste em teu grande amor.
A mim ensinou o caminho, com tanto amor e carinho, nunca jamais vou deixar.
Te amo mãe de sonhar, quantos puderam só desejar, mas a mim a verdade se fez.
Eu tive uma leoa em cuidados, fui amado por mãe que tão minha...sim, e dobrado, tive tudo de mãe de amor.
Agora que desfrutas na glória, nas ruas de ouro à pisar...abrace Jesus mãe querida, desfrute a coroa da vida, tu mereces...pois foi grande o teu lidar.
És tesouro em minha memória, nas mentes de todos os irmãos, de seus filhos que com respeito, pela sua história de amor tão perfeito...estás enfim com o senhor.