Circo-bola

Lá, no fim do mundo tem um pote azul

Um arcó-íris dentro colorindo o dia

e a borboleta matizada de lusco-fusco

na mão de uma criança de riso imenso

Aqui, esgotos ao céu aberto

crianças fuçando lixo

e erguem-se estádios

o circo-bola não pode parar

à idiossincrasia é o lugar

Entre o fim e o mundo

Uma linha segurando

a pipa.

Matilde Mendes
Enviado por Matilde Mendes em 17/06/2012
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