do outro lado.

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de repente uma alegria,

uma desconhecida paz

e nenhum placebo de coragem.

uma dádiva lúcida de olhar o mundo

se for pela última vez!

quando se pode respirar bem fundo

até se sentir divinamente vivo, finito,

esplêndido, loucamente sendo

por si mesmo, o mergulho profundo

para os pontos pacíficos da própria história.

do mar ao mar que não ressaca, só pausa,

em silêncio sem corações petrificados...

Livre de tudo que aprisiona o devir.

transgredir, trans passar,

como poema, gente, um olhar à deriva,

vivendo de palavras pelos ares.

Patrícia Porto

Patricia_Porto
Enviado por Patricia_Porto em 15/05/2012
Reeditado em 15/05/2012
Código do texto: T3668428
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