Embalo para Morfeu
Belém, janeiro de 2006
Mãos
Que embalam a rede
Qual será a sua vil sede?
Mãos
Só desejam te levar
Pra um não ser, um não estar
Voz
Que te embarca pro sono
E não dominas, sequer tens dono
Voz
Que te aproxima do tudo
Já não és deste mundo
Dorme
Conheça o seu verdadeiro eu
Encontres no meio das árvores a vida
No passado e no futuro aches
A linha reta perdida
Sãos
Teus problemas pequenos
És agora um rosto sereno
Sãos
ombros seus encolhidos
És um anjo dormindo
Somos
Acordados,
errados
errantes
No sono
A paz triunfante.