Adágio

 

 

 

Sei da vida todo desencanto das partidas

e conheço os pruridos das chagas,

as noites doloridas.

Conheço a estrada torta

que faz de apaixonados

Impiedosos foragidos

perdidos de si mesmo

alheios à tamanha dor que causam

tais vis criminosos

 

Também sei da chegada o riso

E do parto a vida e do amor o encanto

que se faz magia.

O escrever poema e esquecer a pena

e da canção a nota que é primavera

e o prelúdio da conquista plena

onde nada mais se divide

e tudo unifica.

 

Sei da tarde clara a calma

e o frescor da brisa, e o germinar da semente

e o riso de gente desconhecida

me é parecida por chorar e rir como se

fosse adágio escondido na profundida

que em cada alma fica recolhida.

 

 

Cristhina Rangel.  

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 18/02/2012
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