rouxinol amarelo

achava que se escrevesse

sobre um rouxinol amarelo,

o dia poderia ser mais belo

como o por do sol numa praia comprida,

como a cor da saudade esmaecida

se ele aqui viesse com seu lero-lero

ou com seu canto gracioso e singelo,

não se importando com o meu chinelo,

ele iria iluminar meu entardecer,

iria me botar pra ter o que dizer,

principalmente se conversássemos na varanda

ele diria “vem cá, cara, anda,

coloca aí que sou teu camarada,

ainda que te encontre e não te diga nada”

e eu me lembraria de que o silêncio

quando é amarelo, tem a capacidade

de nos dizer quase tudo...

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 05/02/2012
Reeditado em 05/02/2012
Código do texto: T3481270
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