Ressuscitar.
Em meu colo eu o acalento
Protejo do frio,
refresco e deixo ameno
afago com palavras rimadas
no lirismo que se faz no tempo...
e vão-se as primaveras
e outras estações sem cores
domo minhas dores
minha insensatez
minha sina é cuidá-lo
derramar nele meu leite
emprestar meu ventre
cobri-lo em seda,
não ceder...
Alá-lo, pô-lo à frente
quando o cansaço me persegue
a desistência me convida
e dormita a minha fé...
Sonho! Quando quase morto
Boca à boca eu sopro poesia
Cristhina Rangel.