Ressuscitar.

 

Em meu colo eu o acalento

Protejo do frio,

refresco e deixo ameno

afago com palavras rimadas

no lirismo que se faz no tempo...

 

e vão-se as primaveras

e outras estações sem cores

domo minhas dores

minha insensatez

minha sina é cuidá-lo

 

derramar nele meu leite

emprestar meu ventre

cobri-lo em seda,

não ceder...

 

Alá-lo, pô-lo à frente

quando o cansaço me persegue

a desistência me convida

e dormita a minha fé...

 

Sonho! Quando quase morto

Boca à boca eu sopro poesia

 

 

 

Cristhina Rangel.

 

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 29/01/2012
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