Quando foi? Perdoa...
Quando foi que te pedi
Para deitares em meus bracos
Teu ser cansado, teus sonhos malacabados,
Tuas vontades exauridas?
(em todas as décadas)
Quando foi mesmo que te pedi
Um trago do vinho amargo,
Do cálice com cicuta
Ou um pouco do teu corpo envenenado?
(todos os dias)
Quando foi que a flor virou bolor?
Quando foi que a amiga virou a vilã?
Quando foi que a verdade virou mentira?
Quando foi que nos perdemos da nossa essência?
Não há partida sem retorno
Não há ganho sem perdas, não há!
Não tem estrada quem não caminha por ela.
Só quem sente é que pode entender...
Quando foi?
Já não sabes, nem eu...
Tudo, ainda, orgulho?
Deita aqui teu cansaço,
Esconde os teus erros nos meus...
Perdoa...eu já perdoei, também.
Entre você e eu, quem mais sofreu, fomos nós...
Perdoa!