Plenitude
Numa linda tarde de verão,
Olhando as nuvens no céu,
Vislumbrei ser diferente,
Incluindo-me na imensidão.
Nas miragens de um lindo véu,
Participei ardentemente,
Como uma pluma a flutuar.
Respirava cândido o ar,
Expirando os rancores,
Expulsando os dissabores,
Dos desvelos do passado.
Sem culpas nem precedentes,
Permaneci quase inocente,
Totalmente transmudado,
Reconheci emocionado,
Que a nuvem abalizava,
Sem nenhuma incoerência,
E meu ego desnudava,
Meu primado na existência!