Poesia é alimento

É através da poesia que eu me alimento.

Tardo, mas sempre me encontro.

Carrego esse louvado fardo, feito feno,

Penugem que habita no travesseiro,

Onde navegam os sonhos.

Posso sentir o cheiro e o choro da flor

Que se move pelo vento,

Agora, lá fora.

Imagino pássaros em uma árvore

E um anjo em movimento,

Feito brisa-leve,

No espaço tempo.

Sou eu quem me abraço,

Quando imagino personagens.

São todos nus,

Feito nascentes de rios,

E miragens.

Sorrio ao me deleitar com o imaginário

E ouço violoncelos em silêncio.

Uma luz pousa,

Branda,

Em meu peito.

É através da poesia que eu me alimento.

Fragmentos do pensamento,

com a fartura

E o néctar dos deuses.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 05/12/2011
Código do texto: T3373833