Poesia é alimento
É através da poesia que eu me alimento.
Tardo, mas sempre me encontro.
Carrego esse louvado fardo, feito feno,
Penugem que habita no travesseiro,
Onde navegam os sonhos.
Posso sentir o cheiro e o choro da flor
Que se move pelo vento,
Agora, lá fora.
Imagino pássaros em uma árvore
E um anjo em movimento,
Feito brisa-leve,
No espaço tempo.
Sou eu quem me abraço,
Quando imagino personagens.
São todos nus,
Feito nascentes de rios,
E miragens.
Sorrio ao me deleitar com o imaginário
E ouço violoncelos em silêncio.
Uma luz pousa,
Branda,
Em meu peito.
É através da poesia que eu me alimento.
Fragmentos do pensamento,
com a fartura
E o néctar dos deuses.