Mesmo assim, PAZ irmãos!...
De tanto engano, fui fadada a sufocar
Por sentir medo da solidão, silenciei meu coração,
Sei, foi tudo um engodo, tremenda agonia,
Sentia a vibração da violência na contra-mão
O meu único momento de paciência,
Eu sentia pois, fazia jus ao meu tormento,
De tanto que errei pensando que amei,
Tamanha foi a minha ilusão...
A dor, é um bebê, não diz aonde dói, só chora,
O prazer mim fez sofrer, doer, ceder, gemer e
Perdida em busca do 'que' daquela dor, aonde dói,
Motivos criava para justificar,
Tanto tempo perdida para te encontrar.
Não gosto de lembrar daquele instante.
Que momento irritante.
No qual a frustração segue adiante...
Em busca deste encontro radiante.
Infelizmente só através da tua ida,
Que pude viver mais contrita,
Protegida por tua ausência guarida,
Para encontrar-me livre nesta paz medida.
AH! quanto cansaço neste descanso!
Quanta paz nesta violência!
Quanto silêncio neste barulho!
Quanta verdade nesta mentira!
Quanta morte nesta vida, minha vida renascida...
Eu, que nada mais sou do que, nada, mais do que este momento,
De lamento, de sofrimento,
Covarde justiça dos injustos,
Em busca da subserviência dos justos,
Coitados de nós que esperamos,
Submissos por aqueles que nem foram,
E nem irão, já que nunca aqui vieram.
Mesmo assim, PAZ irmãos!... para os que aqui ainda estão...