SOLIDÃO

Quietamente, ela, num canto frio me encontra

E das coisas todas, silenciosamente me dá conta

Lembra-me das brigas, dos amores e das feridas

Lança-me aos braços as dores... as magoas todas da vida

Senta-se ao meu lado, sussurra ao meu ouvido

Confio-lhe segredos como faço apenas aos amigos

Vezes há que parece até divertida essa companhia

Transformando horas tristes em prazeres e alegrias

Medito tantas vezes no compasso de seu olhar

Alegro-me, ou me entristeço no vazio de sua presença

O que sou eu, e o que é você? Já não posso divisar

Como pode fazer tão bem ao coração

Se essa amiga constante e pontual

Cativa pelo nome solidão?

Gilmar Faustino
Enviado por Gilmar Faustino em 18/10/2011
Código do texto: T3284053
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