Paz
Não tenhas dor
tristeza, ou ódio.
Só o amor mudou
como muda o vento.
As recordações
chegam lentas.
Às vezes na madrugada
atormentando a alma.
A negação da dúvida
que existe no coração
a perda que machuca.
Dias que foram de glória
momentos de euforia.
Beijos inesquecíveis
que vivem nas sombras.
Lágrimas que correm
devorando a paz.
Atormentando o guerreiro
que sente a tempestade.
Lições de vida,
que aprimoram
forjando a alma
do soldado combatente.
Homens que choram,
e sentem se perder
em seus pensamentos,
recordando os anos
que terminaram
tal como a flor, que
perdeu o seu perfume.
Vejo o teu rosto
na escuridão triste,
melodia sem sentido
desfigurada pelo tempo.
Apenas a imagem,
sem sentido,
sem alegria,
mera passagem.
A escolha que leva
a um caminho,
sem volta e
sem verdade.
Um poema perdido
nas lutas pelo amor
que fugiu, fugiu
e se perdeu na dor.
Mas o guerreiro
continua o seu caminho,
na busca dos sonhos,
da liberdade e da espada,
e também do bom combate.
No último clarim,
a cavalgada pelo campo
é sinal de novos tempos,
novos amores.
No encontro com a paz,
o adeus ao ódio
aos dias de guerra.
Eis que surge
nas nuvens um anjo,
com os seus cantos
e novos encantos,
libertando o que antes
era mera solidão.
Poesia originariamente escrita em 08/IV/99,devidamente registrada, mas somente agora publicada neste site em 25/12/2006.
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