Teu corpo entrega-te em uma bandeja (Ou uma homenagem a um novo apanhador)

Eu não quero mais te ouvir dizer amor...

Sua boca entorta,

Sua língua enrola

Entregando sua pequena mentira

Não penso em nossas noites

Teu corpo esfria

E com a sinceridade do sono rejeita o meu

O corpo fala

Não, não, não eu

Não me permito perder o controle

Muito menos a dignidade

Ou o que sobrou de meu amor próprio

Assim sendo prefiro seguir só pelo campo de centeio

Enquanto as crianças correm

Eu vou tentando salvar quantas delas eu puder

Sozinho enquanto durmo.

01/10/2011.