Uma estrela caiu.
Uma estrela caiu.
Para um homem que andou entre as estrelas
Hoje vive a contemplar o alto,
Percebendo que a luz brilha nas trevas,
E que o sol só aquece a quem faz jus,
Não subindo outra vez ao seu delírio
Nem alçando vôos tão distantes,
Se aqui sobre a terra os dias choram
Amanhã nas estrelas vão sorrir
Sobre o tempo, que o tempo não deu tempo,
Só o tempo com o tempo vai suprir.
Queira muito desvendar outros mistérios
É preciso engendrar um bem maior,
Mas não perca sua vida em devaneios
É melhor ser amigo que algoz
Só o homem tem o dom de ser eterno
Sempiterno com os seus pares e irmãos
Reconheço que nem sempre fui fraterno
No inferno quase sempre há discussão
Todavia só almejo ser constante
Nesse instante faço verso com a mão
Vislumbrando o futuro glorioso
Não me enfado, não recuo a vocação.
Brasília 12/12/2006 Evan do Carmo