Sinuosa Estrada

Estou aqui

brincando de poetisa

Sonhando ...

Revelando em mil cores

Todas as dores

Por mim sentidas

Sofro por exigir fidelidade

Ao tempo vivido

Dos sonhos enganados

Da palavra não dita

Sinuosa

A estrada

Revela o perigo

Do tempo mal vivido

Como zumbi agora

Na madrugada

Escrevo

Para diminuir o peso

Do desprezo catingoso

Esquecida

Mas com a consciência lúbrica

Preciso ainda fiar

Minha alegria

Revirar a solidão

Luzente que desafia

O meu destino de muflar

Preservar

O sentimento do outro

Vou aproar

Sem culpas

Meu caminho na direção do mar

Eliana Santos
Enviado por Eliana Santos em 02/08/2011
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