Sinuosa Estrada
Estou aqui
brincando de poetisa
Sonhando ...
Revelando em mil cores
Todas as dores
Por mim sentidas
Sofro por exigir fidelidade
Ao tempo vivido
Dos sonhos enganados
Da palavra não dita
Sinuosa
A estrada
Revela o perigo
Do tempo mal vivido
Como zumbi agora
Na madrugada
Escrevo
Para diminuir o peso
Do desprezo catingoso
Esquecida
Mas com a consciência lúbrica
Preciso ainda fiar
Minha alegria
Revirar a solidão
Luzente que desafia
O meu destino de muflar
Preservar
O sentimento do outro
Vou aproar
Sem culpas
Meu caminho na direção do mar