Brevidade



Sei lá de onde vem essa minha doçura
Não sei se é do suor salgado que em nossa pele escorre
Se do perfume da casa arejada e cheia de risos
Dos brancos cabelos em minha vida tão cúmplices

Não, não sei de onde essa minha doçura
Vem do girassol que me guia e sempre encontro tal astro
E ilumina meus olhos quando as noites se fazem caladas
E renovada desperto para o dia esperado

Talvez esse doce venha dos olhos amenos e amendoados
Que encontro no espelho quando a vida
Me empresta alguma chegada

Ou da esperança que tenho em ver tudo mudado
Irmãos sendo irmãos, amigos e amados
Um enlace entre crenças e raças
Que sorrateira imagino longe de tantas desgraças

Doçura tão mansa que tão breve chega
Quanto tão bem parte!

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 16/07/2011
Reeditado em 16/07/2011
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