poema atento
em algum lugar da minha cabeça
tem um poema
tento não percebê-lo
mas ele está por ali,
à espreita,
tonto pra me cogitar
tonto pra se insinuar
ou mesmo me perseguir
e quer por força exigir
que tenha vida, razão
e eu não consigo senão
lhe conceder permissão
pra que ele então aconteça
saia da minha cabeça
e tente me conquistar