Amargo, Porém Doce.
De gosto amargo,
Que entro em um infinito sólido,
Numa queda contínua de encontro à felicidade,
Em um convidativo drink de nuvens macias:
- Céus! Estou caindo.
Como clamo por essa alegria eterna,
Que me consome a cada trago,
Afugentando minhas angustias,
Levando o delírio do falso amor.
Quem dera o amor ser sólido,
Tanto quanto esse infinito em que mergulho.
Quem dera o amor ter cores,
Suavidade, sinfonias,
Tanto quanto posso tocá-lo agora.
Quem dera o amor ter gosto,
Tanto quanto meus lábios possam senti-los.
Meu universo,
Entre quatro paredes,
Tomou formas. Tem vida.
Conspirando a meu favor.
Dizendo a cada minuto:
- Ame!
- Dê chance para si.
No meu inconsciente, ciente,
Diz que a realidade virá à tona.
Só expos o que meu subconsciente manda,
E quero sentir esse amor,
Não em forma de papel.
Preciso me perdoar.
E devolver o amor a mim.
Preciso me amar.
Falso amor esse que preenche meu vazio,
Obrigado por ser passageiro.
Sonhar é permitido.
Quem dera a realidade tivesse o mesmo sabor.
Amargo,
Porém doce.