Amargo, Porém Doce.

De gosto amargo,

Que entro em um infinito sólido,

Numa queda contínua de encontro à felicidade,

Em um convidativo drink de nuvens macias:

- Céus! Estou caindo.

Como clamo por essa alegria eterna,

Que me consome a cada trago,

Afugentando minhas angustias,

Levando o delírio do falso amor.

Quem dera o amor ser sólido,

Tanto quanto esse infinito em que mergulho.

Quem dera o amor ter cores,

Suavidade, sinfonias,

Tanto quanto posso tocá-lo agora.

Quem dera o amor ter gosto,

Tanto quanto meus lábios possam senti-los.

Meu universo,

Entre quatro paredes,

Tomou formas. Tem vida.

Conspirando a meu favor.

Dizendo a cada minuto:

- Ame!

- Dê chance para si.

No meu inconsciente, ciente,

Diz que a realidade virá à tona.

Só expos o que meu subconsciente manda,

E quero sentir esse amor,

Não em forma de papel.

Preciso me perdoar.

E devolver o amor a mim.

Preciso me amar.

Falso amor esse que preenche meu vazio,

Obrigado por ser passageiro.

Sonhar é permitido.

Quem dera a realidade tivesse o mesmo sabor.

Amargo,

Porém doce.

Hugo Cesar
Enviado por Hugo Cesar em 10/07/2011
Código do texto: T3086066
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