Morrerei...
Morrerei atada em versos...
Entre rosas e os espinhos da intensa caminhada.
E de mãos vazias...Voltarei ao pó...
Como Alexandre (O Grande) em seu último triunfo de vida e morte!
Morrerei...e isto basta!
Deixo os filhos mais amados, e as virtudes plantadas.
Morrerei e mais nada!
Na hora pomposa do pranto de alguns, o meu delírio e o meu sonho
Não estarão inertes!
Morrerei...deixando para o Mundo algumas obras...Algumas sobras.
Morrerei como uma gazela, no campo em chamas, e verei ao longe os rostos mais brilhantes de meus entes mais queridos...
Morrerei na aurora, e serei mais um corpo decaído que jaz, todos que me acercarem nessa hora verão o triunfo do mais que natural...
E após serei, talvez, depositada...em uma tumba, atróz...Morrerei e estarei a um passo da Eternidade...Talvez encontre a Felicidade...que nunca encontrei de verdade aqui!
Morrerei com saudade de estar em Paris, Edevic, Roma, Egito ou outras longínguas paragens além/mar...e nesse sortilégio...terei fim.
Nem sei se terei um funeral, mas deixo instruções ao primogênito: Sem flores, sem caixão, apenas meus livros: meus e de outros geniais,rosto escondido...Fora da Terra, e se possível enterrada na Alemanha (de vovó)... Morrerei...e nesse fato vivido; eu serei eterno martírio de Alguns.
Morrerei com estilo, deixando este Poema como alerta e iídlio.
Morrerei num domingo...e os cães estarão latindo, os pássaros não cantarão, mas os transeuntes estarão alheios...
Meu corpo estará rijo, e os vermes a postos, para o banquete, seus guardanapos enfeitados com colherinhas coloridas farão minha Alegria...Morrerei e tudo que vi, assisti, irá comigo, e meu rosto funesto, estará empalidecido.
Talvez meu marido, leia este POEMA e faça que os demais se cansem ou riem! Contudo morrerei, e estarei sorrindo, ao sentir que alguns desejarão este mimo, quem sabe, para anotar em algum caderninho...
Morrerei aos pouquinhos e os filhos poderão observar-me neste fim de caminho. Morrerei deixando o ninho e rumando à Pátria do desconhecido... Morrerei, e todos que passaram pelo meu destino, não desconhecerão este bramido...
Morrerei, como um herói, que teve um HERÒI, como pai e amigo.
Morrerei e não sei se estarei viva, afinal as doutrinas terrenas não conseguiram me explicar o que vem após a finitude...
Morrerei..e as lágrimas que derramarem em meu torno, colherei, nos altares de minha morte!