RECANTO DO TEMPO

Quando pensamos que veloz caminhava o tempo
sem dó de nós, pobres e frágeis mortais,
descobrimos o seu refúgio, o seu templo,
entre árvores, córregos, flores e animais.

A natureza exuberante intocada,
pela mão que quando toca, tudo aniquila,
pássaros bailando em bandos nas revoadas
orquestrando a vida que nasce tranquila.

O silêncio, a paz, a ímpar beleza
parecem que surgem ao abrir das flores,
na alvorada pincelada com singeleza,
num arco-íres tingido por suaves cores.

Lá começamos a construir nosso ninho
que sonhamos seja de alegrias permanentes,
ciscando as alegrias, como passarinho,
sugando o néctar da felicidade, calmamente!