O silencio das flores por todos os amores
Num momento de restrição
Não se podia nem dar às mãos
Calado e mudo via-se tudo
Por trás do escudo escondiam-se
A dor que tu sentias era também a minha
De vendas nos olhos o corpo tremia
Quem era preso ninguém nunca mais via
O barulho das balas confundiam-se
O toque de recolher zunia
Era tanta agonia
Todos rendidos sem anistia
Apenas eles eram foliões da anarquia
Bradavam aos quatro ventos seus intentos
Escondia os mortos nos calabouços
Almas gritantes clamavam por liberdade
Ouvia-se no ar gritos pela democracia
No peito vivo do dia a dia nada saía
Só eles bradavam:
Calem-se! Vocês não têm vida
Manda quem pode e obedecer é a ordem.
Meia dúzia de barões com boca de tubarões
Em prol do dito comando do mundo
Com poder de mando para qualquer ação
Engoliam todos que não rezava na sua religião.
Cálice de vinho tinto de sangue, Tim-Tim! >>>
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