ESPERANÇA

Saber que há poesia nesse mundo
Nas mais sutis nuances refletidas

Que a luz da lua derrama no ocaso
Pra eternizar o fascínio da vida


Ainda que seja a fé clandestina

No cintilar de estrelas distantes
Pulsar pelo amor breve instante
Vale por toda a guerra vencida

Se nas entranhas anseios profundos
Vão esculpindo a coragem da cruz

No palco encenam-se ilusões
Fios de vida que a todos conduz

Sem atear fogo à ideologias
Nas livres marés da poesia
O poeta enfrenta a maresia
Na confiança entregue à alquimia

E o renascer de cada dia é pleno
Raro e renovado bem supremo
É tempo que consola todo pranto

E celebra o amor eterno e santo!




Lídia Carmeli
Enviado por Lídia Carmeli em 30/03/2011
Reeditado em 04/04/2011
Código do texto: T2880346
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