Sonhei nos braços da paz.

Entre belas imagens, num mundo sem igual

Sonhei que estava voando, nas asas de um anjo

O belo anjo da paz, vestido de branco, iluminando

A terra por onde passava, soltando ao vento

Milhares de pétalas de rosas brancas, cheirosas

Cheiravam a paz do mundo e dos nossos anjos

As nossas abençoadas crianças, filhos de Deus

Que poderiam agora correr livremente, sem medo

Sem choro da mãe, pela bala perdida e cravada

Nem favelas, nem barracos, nem pedaços de trapos

Os trapos humanos, afundados na bebida e drogas

E eu sonhei, num mundo melhor, o meu mundo

Repleto na paz, a paz que é tão procurada por todos

Procurada por mim, por ti, pelo passado e presente

Querendo ser perpetuada, para sempre no nosso presente

Erradicando os gritos dilacerantes do passado e a sua dor

Colando milhares de lápides, frias, assustadoras e reais

Dizendo, todas elas: Aqui jazem os homens de pouca fé

Onde a sua cobiça foi a mais forte, a sua brutalidade

A sua ganância, o seu poder, a sua crueldade e a maldade

E a tão falada guerra morreu, morreu para sempre

E o poeta! Ah! O poeta entre desabafos e recordações

Escreve imponente, vaidoso e sóbrio, sobre a paz

A paz que deveria reinar no seu amado mundo

Mas apenas foi o sonho do poeta! Nos braços da paz...

Betimartins
Enviado por Betimartins em 14/03/2011
Código do texto: T2846903
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