A Máscara!

Deixou-a num vão, entre a mesa e o sofá...Ela ali ficou...

Mascarando a tua dor, a dor da partida do grande baile...

Onde tu fostes mascarado e senhor.

Ela te espreita, e tu nem ligas, continuas digitando suas crises!

E ela de lá insiste, em perpetrar-te o âmago.

Tu nem ligas, acha que o sentimento é só teu, ela por sua vez, finge...

Que um dia ainda irá vestir teu rosto, e fazer-te novamente um plectro...que toca e retoca...As cordas de uma harpa incomum...

Tu que rodopiaste com àquele passo livre, agora, nem sombra...O é...

Daquele D.Juan da madrugada pueril, naquela sacada frente ao mar..]

...E eu espero, não tenho pressa, observar-te-ei , tão amargo...

Faz parte do fim do Entrudo, eu sei que como adereço esquivo...

Meu papel, por vezes, é calar e sem troça, sem falha, esperar!

Talvez um ano, ou quem sabe...Mais, não sei; mas, conjecturo,

E juro que irei aguardar, com amor, com volúpia, por tudo que ...

Me ligue de novo, ao teu sentimento de felicidade, e debalde

Nem me percebas, e cá fique eu, nesse vão tão frio, eu rio...

E recollho-me em silêncio, como se tudo que te fez perene...E

Nobre príncipe em três noites, seja meu mais caro troféu de paz.

Paz, palavra que outrora há tão poucas horas, me refaz...

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 10/03/2011
Código do texto: T2839325
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.