A dureza do amor
Sinto a paz dentro de seu choro,
até como se fosse nada o desprêzo,
gostosa conjectura divina. Somos
de tudo capazes para nos amarmos.
Ó Terra de águas deveras sensível,
inominável, és ferrolho indomável
cheio de moleza e magia pura,
sempiterna. Doce salina madura.
Seu sentimento é sensação santa,
meu, natural apego que comanda
a vida. És beleza que se mostra,
chama que não apaga, és lavas em crosta,
fogo branco de carne transformada,
sutil, és o tudo ó minha amada.
Santro, 10 de fevereiro de 2011