DIALÉTICA

Você observa o tumulto do tempo

Enquanto a vida prática tenta ser

Menos teórica e mais real,

Menos insana, e mais "normal",

No labirinto infinito de definições

Sobre tudo e nada,

Sobre vida e morte,

Sobre azar e sorte,

Sobre o amor que brada...

E, pela estrada, você observa o tumulto das cidades

Enquanto as horas escorrem pelas mãos,

Sem esperarem a solução da dialética constante

Entre corpo e a alma,

Entre a razão impaciente e a emoção pulsante,

No mistério ofegante de todas as coisas

Que não se explicam...

E tudo isso faz parte do ser,

Tudo isso se reparte na mente, uniforme ou eclética,

Perguntando sempre o porquê

De toda essa humana dialética.

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