A mão que me afaga

É a mesma desde que nasci

Uma mão pequena

No corpo de uma mente nem tão serena

Mas que me acalma

E me faz acreditar

Que amanhã será outro dia

Com novas nuances

Um novo horizonte

Muito brilhante

A mão que me afaga

Não foi tão feliz

Mas deseja o meu norte

De uma forma tão forte

Que posso sentir

Sentimento de filha

Um tanto imperfeita

Mas sempre afeita

À ternura da mãe

Que vira gigante

Diante da mulher

Que ela ainda considera

Uma criança

Uma criança latejante

Que busca e desabafa

Incessantemente os seus monstros

Que são sempre espantados

Pela mão que a afaga

Bendita mão

Bendita mãe

Que Deus me deu

E que sempre me acolheu

06/12/2010

Rosalva
Enviado por Rosalva em 01/02/2011
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