A mão que me afaga
É a mesma desde que nasci
Uma mão pequena
No corpo de uma mente nem tão serena
Mas que me acalma
E me faz acreditar
Que amanhã será outro dia
Com novas nuances
Um novo horizonte
Muito brilhante
A mão que me afaga
Não foi tão feliz
Mas deseja o meu norte
De uma forma tão forte
Que posso sentir
Sentimento de filha
Um tanto imperfeita
Mas sempre afeita
À ternura da mãe
Que vira gigante
Diante da mulher
Que ela ainda considera
Uma criança
Uma criança latejante
Que busca e desabafa
Incessantemente os seus monstros
Que são sempre espantados
Pela mão que a afaga
Bendita mão
Bendita mãe
Que Deus me deu
E que sempre me acolheu
06/12/2010