A lua, quando surge por trás da montanha,
Com sua plasticidade que espanta,
Vai seduzindo, convocando o mar,
A ela se entregar.
 
Sem relutar,
Ele principia a se suavizar
E se deita,
Como quem se ajeita
 
Para receber a amada...
 
Ela estende a sua mão
E o toca num misto de paixão e gratidão,
Desenhando assim, a profundidade de sua afeição,
 
Na superfície prateada.
 
O que, exatamente, se dá a seguir,
É inapropriado intuir.
Ninguém sabe ao certo, o que se passa entre eles.
Qual a matéria prima de suas sedes.
 
O sentimento dele sendo tocado,
Delicadamente estimulado
A participar
Do espetáculo sublime, que é o luar.
 
Ela emanando sensualidade,
Em um grau elevado de sensibilidade,
Passeia por ele, demoradamente,
Para sorvê-lo completamente...
 
Ambos se entregam
E se completam,
Em uma incontestável sintonia,
Com toques de galhardia!
 
A cerimônia é de comunhão,
De exaltação
E reverência à Criação!
 
... Festa para a percepção!
 
 
 
 
Dedico esse texto a meu amigo
Ótimo poeta – Nasser Queiroga
 

Vejam o presente que ele me deu:
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdealegria/2763432


 
Vídeo indicado:

 
http://www.youtube.com/watch?v=pWs-dXDiI6k&feature=related

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 31/01/2011
Reeditado em 31/01/2011
Código do texto: T2762650