América, do Sul

come to me

a-mi-go

go a mi

a água escorria pra calçada pela soleira do portão

a moça lavava o quintal, a pombinha pousou e começou a beber

a água que escorria, da janela do carro a tudo eu assistia

come to me

a-mi-go

go a mi

fazia calor, a pombinha e o sol, eu e o ar condicionado

o vidro fechado, olhava desolado

a pombinha beber água enquanto o sinal não abria

a água que escorria pela soleira do portão

come to me

a-mi-go

go a mi

a pombinha se afastava quando as pessoas passavam

depois voltava a beber, a água a escorrer pela soleira do portão

a moça lá dentro não fazia questão de ver nada disso

prosseguia lavando o quintal, eu via tudo de dentro do carro

fazia calor

come to me

a-mi-go

go a mi

na minha frente um carro com um pequeno escudo do América

América, do Sul, podia ser do sal, time que está no coração de todo o mundo, mas ninguém diz...

e tudo iria durar até quando o sinal abrisse

e eu fosse pra onde tivesse de ir e a pombinha, não

come to me

a-mi-go

go a mi

come with me, pombinha

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 27/01/2011
Reeditado em 27/01/2011
Código do texto: T2756333
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