Sigo tranquilo,
Em busca do que acredito ser evolutivo.
Escapam, por vezes, uns suspiros,
Assumidamente clandestinos!
Visivelmente foragidos
De meus precipícios;
Ligados por incríveis pontes,
Inspiradas em longínquos horizontes.
Acostumei-me à sede,
À ausência da rede...
Desenvolvi um tipo de relação específica,
Esbarrando na quântica física,
Com a energia que me rodeia
E com o fogo que me serpenteia!
Uma forma de linguagem,
Que me ensinou a paisagem!
Cada vez mais mergulhado em mim,
Cada vez mais liberto, sim,
Dos pesos,
Dos medos,
Das bobagens
Que não se devem ter na bagagem!
Sou um viajante.
Um aprendiz diletante!
Só sei do próximo passo, na sua iminência...
Sou mestre da minha cadência!
Não improviso,
Redijo!
Mesmo quando vacilo,
Ainda assim respiro,
Cogito
E me inspiro...
Simpatizo-me com o alternativo.
Cansei do paliativo...
Prefiro o que soe como definitivo
E, acima de tudo, construtivo.
O substantivo
Precisa do adjetivo
Para brilhar
E melhor operar!
Claro, que é maior o meu sonho.
Lê-se nos versos que exponho...
Vou colecionando pequenos resultados,
Modestas vitórias
Que compõem a minha história.
Uma saga de sentimentos exacerbados,
Que prenunciam um novo jeito,
De conduzir o peito!
Quero, para mim, cada vez menos.
Venho isolando os erros.
Quero fazer a minha parte
Através da arte;
Do prazeroso exercício
Do meu ofício.
Minha melhor contribuição,
Para exaltar a imensidão.
Vídeo indicado:
http://www.youtube.com/watch?v=FWJv7mCblGo&feature=related