Comedida
Desfolho as horas do dia
troco lua ao calendário...
Sempre em olhar de poesia
bebo do mal necessário.
E deixo o tempo passar...
Boto um fim ao que passou...
Jamais deixo de sonhar...
Não vivo do que restou.
Verdade que sempre atesta
colher do que se plantou
cautela o que me empresta
firmeza em ser o que sou.
Meu olhar enamorado,
meu coração sonhador,
em passo mais acautelado,
Segue a semear o amor.