Longe da paz.

Seria muito utópico e até insandecido dizer que a Paz VOLTOU.

Que emergente amargura é a do povo, que habita o Rio.

Esse povo incauto e tão esperançoso, que revive a cada dia.

Esse povo que transcende a tudo.

Esse povo iluminado por sol e chuva e que de tanta amargura...

Ja nem sabe o que é chorar.

Sim esse povo proletário, aconchegado por chuva de papel picado...

Todo ano...a esquecer, do tiro na cabeça, ou do chute na barriga...

Imposto pelo Poder, seja esse poder o primeiro ou o quinto...

Esse povo que acha que a grande estátua do Cristo...

Pode resistir a Tudo...

Esse povo que vive e viverá para sempre longe da paz.

Que sabe bem lá no âmago, que vive mesmo é de infortúnio.

Ele ri, chora, e nem mensura, o que vem depois.

Ele é massa...

De uma manobra, que se alargou demais...

Ele tem medo, ele enfeita o carnaval, o futebol...

E a elite esquadrinhante, nem de resvalo...sofre.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 02/12/2010
Código do texto: T2649261
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