LÚZ DA ESPERA
Nas páginas amareladas
Do livro do tempo
Ví meu rosto...
E a minha história.
Meu rosto marcado pelos
Sinais, que este livro deixou.
Mostrava o livro o rosto
De uma alma solitária que passou.
Semblante que o livro mostrava
De um ser incompreendido.
Lutando para encontrar serenidade
À procura do amor banido.
Na tez notava-se o cansaço
De alguém cansado de lutar.
Chegando quase ao fim da jornada
Sentindo mais uma vez fracassar.
Nos traços deste rosto via-se
Uma estrada dura e tortuosa.
Marcada pelos acúleos do caminho
Caminhando só esta alma desditosa.
Mas, no final do livro pude ver
Uma face meiga e sincera.
Que fêz este rosto rejuvenescer
A mulher que estava à minha espera.