À vida

À vida.
Vai a vida,
como suspensos sonhos,
intransitáveis rodovias
e muda,
transmuta as convicções.

É luta,
é grito
é graça
esparsa
eterna
cega
mata
a vida, a vida , a vida !

é pranto
é ponto
é som
de risos,
despedida

é dia, é noite,
é engolir
regurgitar
é ressurgir

a vida é tudo,
que há aqui
que há em mim
no outro
no outro canto...


a vida é canto veloz
que canta pássaro
canta criança
cantam girassóis

a vida é tudo
e é como um retros
que desenrola
lentamente
e deixa no final
os nós em nós,
...a sós!
E então é mote,
é norte que não chega
e luz que apaga
fica acesa
fica às escuras
obscuramente
e enfim a morte
quando chega é vida
que volta ao ponto de partida
A vida é flor
que se mistura
às nossas cinzas.
Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 29/10/2010
Reeditado em 06/03/2011
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